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Resenha: barraca Quechua Arpenaz 2 Fresh and Black

Olá, sejam bem vindos ao De carro pela América! Neste post quero comentar sobre a barraca que compramos e que pudemos experimentar no último camping, na cidade de Canela.

Nossa barraca Quechua sobre a grama, no camping Parque do Sesi, em Canela, com nossa Discovery 1 atrás e a Stephanie se alongando ao lado.


Primeiramente, quero ressaltar que não recebo nada da Quechua ou de qualquer outra marca. Meu compromisso aqui é apenas ajudar quem está em dúvida na compra, mostrando não somente os pontos POSITIVOS, mas também os NEGATIVOS dessa barraca. Certo?

Também é importante dizer que não se trata apenas em definir qual é "a melhor barraca". Isso é relativo, pois vai depender da utilização que você quer ter com ela. Ou seja, se vai usá-la para montanhismo, para pesca, para camping em família...

No meu caso, a ideia partiu de um projeto que pretendo desenvolver. Para quem já leu a postagem Onde dormir em acampamentos de viagens longas? sabe que estou considerando a ideia de colocar uma barraca comum sobre o bagageiro de teto do carro e quais as vantagens disso em comparação com outras possibilidades mais tradicionais. Para tanto, precisava de uma barraca que servisse no bagageiro de teto, ou seja, uma pequena, para duas pessoas, já que dormiremos apenas eu e minha esposa.

[Comentário em 18/07/2019: Finalmente instalamos o bagageiro e compramos outras coisas necessárias para colocar nossa ideia em prática. Veja o projeto do bagageiro e ele pronto em Nosso projeto de bagageiro de teto para barraca iglu.]

A partir dessa necessidade, passei a procurar na internet por alguma barraca boa e não tão cara. E então logo me deparei com essa, a qual me chamou a atenção por essa tecnologia Frash and Black, que faz com que você possa ter um ambiente interno bastante escuro.

Assim que pudemos, passamos na Decathlon aqui perto de casa para vê-la de perto. Lá tinha uma montada, então pudemos entrar dentro e verificar se era mesmo escura como dizia na propaganda. De fato, mesmo na loja, um local bastante iluminado, quando me fechei dentro não conseguia enxergar praticamente nada.

Pra quem não entende muito do assunto, não é simples tornar o interior de uma barraca escuro. Como elas são leves e feitas para ser transportadas em sacolas pequenas, o tecido utilizado precisa ser muito fino. E uma barraca não pode obstruir totalmente a ventilação, por um motivo muito importante: quando respiramos e transpiramos, liberamos calor e água em estado gasoso para o pequeno ambiente interno da barraca. Quando esse vapor encontra a superfície gelada do tecido da parede (normalmente no inverno), ele se condensa (ou seja, passa para o estado líquido). Então, escorre pelas paredes e até pinga na cabeça de quem está ali dormindo. Por isso, uma boa ventilação é sempre necessária, para levar o calor e o vapor para fora da barraca e diminuir a possibilidade de que esse fenômeno ocorra.

Dessa forma, como criar uma barraca "black" (escura) e "fresh" (fresca) ao mesmo tempo? Entendeu o paradigma? (hehe) Pois é, pelas noites que dormi nela, não diria que ela é mais arejada do que outras barracas que tive. Mas acho que o "fresh" do nome se deve justamente por eles terem conseguido torná-la escura e mesmo assim manter o frescor necessário.

Bom, vou adiantando que nas noites que passamos, a dez graus positivos, chegou a suar um pouco nas paredes, mas nada grave. Normal para uma barraca pequena e bem vedada. Mas vamos lá, quero agora elencar os principais pontos positivos e negativos.

Nossa área de camping no Parque do Sesi, em Canela/RS, entre os dias 9 e 11 de junho de 2019.



PONTOS POSITIVOS


1 - Escuridão interna


Isso é ótimo. Nossa mente precisa do escuro para relaxar bem. O que eu fazia em outras barracas era colocar uma venda ou alguma camiseta sobre os olhos. Todo camping que se preze costuma ser bem iluminado durante toda a noite. É bom pelo sentimento de maior segurança, evita acidentes (bêbados tropeçando na barraca alheia, hehe, gente esfolando o dedão em pedras, essas coisas). E outra coisa, já aconteceu comigo: acho um local escuro para a barraca, mas então o sol nasce às 6h e você acorda com a claridade e não consegue mais voltar a dormir.

Mas para ser bem sincero, também não é escuridão absoluta. Mas mesmo assim é bem escuro. Dormimos com uma lâmpada ligada perto da barraca, quase em baixo de um poste de luz, e mesmo assim era tão escuro como meu quarto, em casa. Muito bom!


2 - Facilidade de montagem


Como queremos montá-la em cima do bagageiro do teto, e usá-la para viagens de overlanding (ou seja, montando e desmontando a cada nova parada), queríamos algo que não desse tanto trabalho.


Gravamos esse vídeo em "time lapse" para demonstrar o processo de montagem. Consegue perceber qual a grande facilidade dessa barraca?

Não precisa passar as varetas por dentro da lona!! 👏👏👏👏👏

É uma mão na roda. Além disso, é pequena. Então, é menos lona para ficar dobrando. Essa foi a segunda vez que montamos ela. A primeira foi na sala de casa, para ver como era.


3 - Impermeabilidade


Bom, ainda não peguei uma chuva torrencial para dizer se ela de fato aguenta bastante. Choveu bem pouco na primeira noite. Mas, além da propaganda da Quechua dizer que ela resiste muito bem a chuvas fortes e ventos, eu observei umas coisas.

Primeiro, a lona externa não é tão fina, tem uma aparência de ser resistente.

Segundo, são duas camadas em todas as laterais. Minha antiga iglu era muito boa para chuvas fortes, mas a lona não cobria a parte da frente e de trás, onde ficavam as portas. Já esta, até para segurar a luz externa, tem uma lona externa que cobre tudo.

E, terceiro, a lona externa não encosta na interna.

PONTOS NEGATIVOS


1 - Ziper simples


A barraca tem uma porta de cada lado e, em cada uma, um único ziper. Qual o problema disso? Não dá para prender cadeado!! Poxa, Quechua, não custava nada colocarem dois zipers, ou pelo menos algum esquema para prender um cadeado.

Sei que há pessoas que defendem que não adianta nada um cadeado, porque, se um ladrão quiser, passa a faca na lona e rouba as coisas. Porém, não vejo por esse lado. A maioria dos ladrões de coisas simples são oportunistas e não ladrões perversos por natureza. Ou seja, se a barraca está fechada, eles não sentem desejo de pegar nada, pois nem sabem o que tem dentro, não querem correr o risco à toa. Mas, se veem uma barraca sem cadeado, a tentação de dar uma espiada para ver o que tem "dando sopa" é enorme. Infelizmente, isso acontece.

Claro que mesmo com cadeado não deixaria um notebook ou qualquer coisa de valor dentro. Mas, se está "dando sopa", até um pijama pode ser furtado na cara de pau. Por isso, um cadeado faz falta. Mas, no nosso caso, como a ideia é só se enfiar para dormir e passar a noite, não tem tanto problema. Deixo as coisas todas dentro do carro, que está logo abaixo.


OUTRAS CONSIDERAÇÕES



Barraca Quechua com a lona externa aberta, montada sobre a grama, com nossa Discovery 1 atrás.


Achei um pouco apertado para fixar a lona externa aos quatro cantos, mas acho que deve ser normal. Imagino que o tecido naturalmente sede um pouco com o uso, então precisam fazer algo bem justo, para não se soltar com o vento.

Achei a barraca com um design muito bonito. E as cores empregadas tem finalidade. O interior é preto, para ajudar na escuridão. E o exterior é branco, para ajudar a não absorver tanto o calor do sol.

Como toda barraca desse tamanho, não é qualquer colchão de casal que irá servir. Nós encontramos na própria Decathlon um colchão também da Quechua, por acaso, chamado Air Confort 120. Foi uma ótima compra também, daria até para fazer uma nova resenha sobre ele. Mas vou simplificar: é mais confortável do que outros que já tive, e mais fácil para inflar.


Para saber mais sobre a tecnologia usada pela Quechua na barraca, clique aqui, para a explicação (em inglês) no site da empresa, ou aqui, para pesquisar o produto na revendedora autorizada no Brasil, a Decathlon.

De novo: embora eu esteja aqui fazendo a maior propaganda, não estou sendo pago por ninguém para isso. Minha outra barraca é da Nautika, por exemplo. Veja uma foto dela na postagem Qual local escolher para colocar a barraca? Ela é ótima também, usei muito, continuarei usando, e ela ainda está em perfeito estado. Mas outro dia, quem sabe, escrevo mais sobre ela, agora o foco foi a nova. 😀


CONCLUSÃO


De forma geral, achamos a barraca muito boa. Com certeza uma boa compra, e o valor que pagamos foi bem razoável pela qualidade demonstrada. O único ponto negativo, na nossa opinião, foi ter apenas um ziper, não permitindo cadeado (vou ter que fazer alguma adaptação). Fora isso, para a finalidade que queríamos, até superou nossa expectativa.

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4 comentários:

  1. Obrigado amigo muito bom vc ter dado todas essas informações me ajudou muito , vou comprar .

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    1. De nada, amigo! Vai firme. To curioso já para ver o resultado. Abraço!

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  2. Eu estou com essa ideia de montar a barraca no teto, bom saber que alguém também já fez isso, e deu certo. Vou procurar essa barraca para vender. Uma dúvida, ela é firme para montar no chão e levar até o teto, ou você monta diretamente no bagageiro?

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    1. Boa tarde, Stefan! Em geral chegamos à conclusão de que é melhor montar no chão e depois levar para cima. É mais fácil mesmo e menos arriscado. É bem firme, mas levamos para cima em duas pessoas, um de cada lado. Não sei como seria se tivesse que fazer isso sozinho... Sozinho deve ser mais complicado, mas também não acredito que seja impossível. Com jeito, vai.

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