Translate this blog

Instalação da escadinha da Discovery 1 ou 2

Após a instalação do bagageiro de teto (postagem: Nosso projeto de bagageiro de teto para barraca iglu), o próximo passo necessário era a colocação da escadinha da porta traseira. Ela é que nos dará fácil acesso para o interior da barraca iglu que pretendemos montar sobre o bagageiro, conforme nossas ideias "malucas" mas muito pensadas. O meu veículo é uma Disco 1, mas a escadinha é exatamente igual. O que vou descrever aqui funciona também para uma Disco 2.

Essa é minha esposa, Stephanie, experimentando o bagageiro e a escadinha pela primeira vez. Agora só falta a gente acampar para testar tudo, instalar a barraca iglu em cima e passar a noite. Postamos essa foto em nosso Instagram, @decarropelaamerica.



É difícil escrever um passo a passo para a instalação da escadinha, pois nem todas são iguais e nem sempre as coisas saem como o esperado. Mas eu vou mostrar aqui como fiz, pois assim pelo menos posso ajudar outros a instalar por conta própria.

Comprei a minha de um produtor independente. Ou seja, não é original da Land Rover, nem de marcas famosas. Mas é uma réplica bem acabada, com as mesma medidas, pintura eletrostática preta e de um produtor conhecido entre os landeiros. Além da escada, vieram os quatro rebites com rosca e parafusos.

Este desenho pertence ao manual de instalação da escadinha da Britpart, uma marca famosa de acessórios. Note que o veículo deste desenho é uma Discovery 2, mas a escadinha é exatamente a mesma que a da Discovery 1 (meu carro). A porta é igual. É bom você ler esse manual, mas eles não descrevem assim como eu, com detalhes. É um manual apenas visual, com desenhos.

Se o produtor da minha escadinha fosse da minha cidade, poderia pagar-lhe para montar. Mas, como não é, preferi montar eu mesmo do que entregar para alguém que possa fazer algo errado. Se é para errar, erro eu... Mas o procedimento é simples:

1 - fazer a furação;
2 - aplicar os rebites nas portas;
3 - colocar borrachas nos contatos;
4 - fixar a escada com os parafusos nas roscas dos rebites.

Simples, mas tem seus detalhes... e intercorrências... Enfim, vou mostrar esse passo a passo.

Taí a sacola de materiais que levei para a garagem. Furadeira, extensão, borracha EVA (à direita), fita de borracha autocolante (à esquerda) e outras coisas.



1 - Fazer a furação


Ao longo de todo o processo, você terá que colocar e tirar a escadinha muitas vezes, então, a primeira coisa é usar fita crepe na parte interna da alça da escadinha, para evitar que ela arranhe a pintura da porta (ou bota logo a borracha nesse local, como fala o manual da Britpart). Eu sou meio apressado e não fiz isso. Tive uns leves arranhões, quase imperceptíveis, mas seria melhor se não tivesse tido 😓.

Depois, você coloca a escadinha para ver mais ou menos onde terá que furar. Então, coloca fita crepe sobre esses locais, para depois poder fazer a marcação com caneta.

Percebi que a fita crepe não é o mais apropriado, pois não segura bem. Mas pra tudo nessa vida tem um jeito, né? Usei fita isolante para melhorar a fixação da fita crepe. Bom, era o que eu tinha em casa, e deu certo.

Então é só colocar novamente a escadinha, pegar uma caneta e marcar bem o local dos furos.

Primeiro probleminha: no meu caso, a placa do carro tinha sido instalada muito acima, e os pés da escadinha pegavam sobre ela. O que fazer? Poderia usar uma chapinha comprida com dois furos para descer a placa, mas ficaria feio. Poderia colar a placa com fita adesiva específica para isso, mas não confio nisso, prefiro parafusos. O que fiz? Bom, continue lendo que você verá.

Muito cuidado na hora de demarcar o furo. Veja bem tudo antes, pois qualquer mudança de ângulo, ou pressão da escadinha, pode alterar a posição. Acredito que um erro acima de 5mm já inviabiliza o uso do furo. Por exemplo, será que quando parafusar os de cima a escadinha não vai se deslocar mais para baixo? Então, pense e estude bem as possibilidades. Só fure quando tiver certeza.

Então, chegou a hora de furar. O risco nessa parte é a broca deslizar para o lado e riscar a lataria. A aspereza da fita crepe ajuda a segurá-la. Mas, por segurança, preferi pegar um preguinho e dar uma martelada leve bem no centro do furo. Depois, peguei uma broca bem fina e furei (parece óbvio, mas é bom deixar claro que, para furar metal, tem que usar broca para metal). Após o furo fino, deveria usar uma broca com a espessura do rebite: 7mm. Mas aí veio outro probleminha: EU NÃO TINHA ESSA BROCA!

A broca para metal mais grossa que eu tinha era 6mm. O que fazer? Furei com a de 6 mesmo. Claro que o rebite não entrou. Mas aí dei outro jeitinho. Usei uma broca de concreto para 7mm. Foi um pouco difícil, pois a broca não é adequada, mas, como só precisava alargar um pouco a borda do furo, deu certo. E os rebites entraram direitinho.

Mas aí teve outro probleminha... Quando fui furar com a broca fina no furo inferior da direita, senti que após a lataria tinha algo metálico atrás, que impedia o aprofundamento do furo. Ainda quero abrir o forro da porta, pelo outro lado, para ver bem o que é, mas provavelmente é parte da ferragem da maçaneta interna. Ou seja, já não pude fazer o furo. No fim, a escadinha teve que ficar fixa apenas em três pontos. Bom, acontece...


2 - Aplicar os rebites na porta


Para quem não sabe o que é um rebite de rosca, veja esta animação: (link da animação)

Para rebitar, é preciso uma rebiteira específica, que tem uma ponta de parafuso. Veja como é:



É super simples. A rebiteira rosqueia a ponta no rebite, então é só pressionar as astes. O que ela faz é segurar o rebite contra a lataria, enquanto puxa a parte interna. Existem até vídeos na internet sobre como improvisar esse procedimento, mas pode dar errado. Não quis arriscar. Preferi levar em algum lugar que seja acostumado e que tenha essa ferramenta. Então, falei com a própria empresa que instalou meu bagageiro. Eles me cobraram 30 reais (10 reais por rebite, então, já que eu colocaria apenas três).

Enfim, rebites rebitados! E agora?



3 - Colocar borrachas nos contatos


Após os rebites, já se poderia fixar a escadinha pelos parafusos. Porém, lembre-se que a escadinha estaria tocando diretamente sobre a lataria. No meu caso, então, a parte inferior estaria pressionando a placa, o que é pior. Por isso, é importante usar borrachas (ou algo semelhante) nos locais onde há contato.


Eu comprei um quadrado de EVA de cerca de 5mm de espessura, e já tinha em casa um rolo de fita de borracha autocolante usado para vedar frestas de portas e janelas (este, um pouco mais fino e macio). Você consegue ver os dois lá naquela foto da sacola.



Para deixar o EVA no formado que eu queria, primeiro eu coloquei ele sob a alça da escadinha (sem o parafuso) e riquei com caneta a meia-lua e o local do furo. Então, recortei com uma tesoura a meia-lua e usei uma broca para madeira para fazer o furo.

Para colar as meia-luas de EVA nas alças, usei Super Bonder mesmo, por recomendação lá de um empregado da Casa dos Bagageiros. E deu certo. Foi fácil e colou quase instantaneamente.
Antes mesmo de colar as meia-luas eu já tinha colocado essa fita de borracha que aparece aí. Depois, no momento desta foto, eu estava colocando uma segunda fita, que ficou bem naquela curva ali. Usei essa chave de fenda só para ajudar a ajeitar a fita na concavidade.


Na parte de baixo, tinha que colocar algo mais rígido para servir de calço, para que a força de apoio da escadinha não se fizesse contra a placa, mas sobre esse calço, que estaria apoiado diretamente na lataria. Para isso, usei protetores adesivos daqueles usados para pés de móveis.

Visualmente parece siliconado, mas não é macio, é duro como plástico.


Note os protetores colados no local onde a escadinha ficará apoiada. Se não me engano eu ainda coloquei no lado direito mais um desses, para deixar uma base melhor.

E ainda tive que colocar a fita de borracha para deixar o contato mais macio. Ficou bom. Se precisar, talvez eu troque futuramente a fita pelo EVA, por ser mais grosso, mas vamos ver com o tempo, na prática.


Note que entre a placa e a escadinha se vê a fita de borracha. Isso torna o contato macio. Essa fita está colada no pé da escada, e em contato com o protetor adesivo citado anteriormente. Dessa forma, a pressão sobre a placa é bem menor.




4 - Fixar a escada com os parafusos nas roscas dos rebites


Agora, sim, após as borrachas, está na hora de fixar tudo. Os meus parafusos tem cabeça para chave allen. Apertei bem, mas sem exagerar na força. O pezinho inferior direito ficou sem parafuso, mas tudo bem.Quando se está em cima da escada, a maior parte da força é aplicada sobre os apoios superiores. Os de baixo servem mais para evitar o movimento horizontal. Por exemplo, quando se puxa a escada para fora, para ajudar a subir. Por isso, nós que sabemos cuidamos para sempre subir puxando pela barra vertical esquerda. Se puxar pela direita, com o tempo pode acabar entortando, imagino, pois a base inferior direita se afasta um pouco. Por nós, sem problema. A escadinha cumpriu sua função, está bem firme e não fica batendo ou vibrando.

O carro está sujo, mas essa foto foi tirada no momento em que terminei o serviço.

Falta alguma coisa ainda? Bom, ainda quero colocar algo nos degraus para proteger a pintura, pois, com o tempo, a gente vai pisando, e os grãos de areia e outras sujeiras vão arranhando a pintura até descascá-la. Eu ia colocar a borracha EVA, mas o fabricante me sugeriu aquelas fitas antiderrapantes que se colocam em escadas. Gostei da ideia. Estou para comprar e colar ali.

Então, essa postagem foi útil para você? Alguma dúvida ainda sobre o procedimento? Sugestões? Qualquer coisa, é só comentar nos comentários, abaixo, que a gente sempre responde.

Obrigado!
Leandro.

Para ver uma lista completa das páginas e postagens deste blog, acesse:

Nosso projeto de bagageiro de teto para barraca iglu

Olá meus amigos! Fim de semana passado instalamos nosso bagageiro de teto, e ficou bem do jeito que queríamos: aumentando o mínimo possível na altura do carro (pois já é alto demais!), e plano, para podermos colocar nossa barraca iglu em cima e dormir tranquilos em nossos acampamentos de viagens.

Bagageiro de teto para Land Rover Discovery 1


Já vínhamos anunciando nossas ideias para construção de um bagageiro neste formato, para suprir nossas necessidades de dormir em cima do carro, mas sem uso das tradicionais barracas de teto, vide as postagens Onde dormir em acampamentos de viagens longas? e Como fazer sua própria barraca de teto? Resumindo, uma barraca de teto tradicional exigiria um bagageiro de teto mais alto (com espaço para os parafusos), além de aumentar consideravelmente o arrasto aerodinâmico, o peso (e, portanto, o consumo de combustível), elevar o centro de gravidade (e, portanto, aumentar a probabilidade de tombamento do veículo) e, por fim, impedir-nos de entrar pelo portão da garagem (a gente teria que montar e desmontar a barraca e o bagageiro em toda saída e volta de viagem).

Nossa ideia, portanto, foi projetar um bagageiro de teto plano e o mais rente possível do teto do carro, para que não prejudicasse nossa entrada e saída pelo portão (tínhamos apenas 3 dedos de espaço!!) e para que também servisse como piso para instalação de nossa barraca iglu (Resenha: barraca Quechua Arpenaz 2 Fresh and Black).

Distância de quatro dedos entre o canto esquerdo traseiro do teto do carro até o portão totalmente aberto.
A traseira do carro, ao passar, é o ponto mais crítico. Do canto esquerdo, como mostra na foto, são 4 dedos. Mas ao centro reduz para 3 (aproximadamente 5cm). Portanto, a altura máxima do bagageiro deveria ser menor que isso. Já quando comprei o carro, mandei regular o ângulo de abertura do portão de forma a que pudesse oferecer o maior vão livre possível, então, nada mais poderia ser feito, a não ser que eu elevasse o portão por inteiro, o que sairia mais caro e daria muito transtorno, principalmente porque moro em um condomínio, com diversos outros moradores.

Projeto de bagageiro de teto plano para Discovery 1
Meu veículo possui duas longarinas originais sobre o teto, mais duas barras transversais (originalmente seriam três). As barras precisariam sair. Já que são fixas às longarinas por encaixe, não teria problema em tirá-las. Já as longarinas eu preferi não tirar, pois a Discovery 1 sem longarina parece que está careca, elas fazem parte do design bonito do veículo. Por isso eu optei por manter as longarinas, e esse é o motivo dos dois buracos vistos na imagem, pois as longarinas não permitiriam a colocação da tela. No meu projeto, elas passariam rente ao plano superior. E, como elas impedem ao longo de 1,20m que sejam passadas barras transversais, tive que reforçar as duas que receberiam mais carga e acrescentar uma no centro, para ajudar a segurar a tela, para que não se deforme tanto. Não sei se me fiz entender direito, mas fica mais fácil vendo a imagem abaixo.

Projeto de bagageiro de teto plano para Land Rover Discovery 1
Em verde está o teto do carro. A parte da frente, para quem não identificou, está à esquerda da imagem. O teto não está perfeito, pois é difícil tirar medidas de algo cheio de curvas. Tive que fazer uma aproximação bem grotesca, mas já ajudou.



Enfim, levei o projeto impresso (essas duas imagens acima mesmo, mas com todas as informações das medidas) para dois locais: uma ferragem (a qual fazia também bagageiros para carros) e a Casa dos Bagageiros (a qual outros landeiros indicavam como o único local especializado da cidade).

Na ferragem, acho que não entenderam bem minhas necessidades nem o projeto, pois, mesmo diante do desenho e com todas as minhas explicações, disseram que, para servir ao propósito que eu queria, teriam que usar tubos de aço de cerca de 5cm de diâmetro a cerca de 10cm de distância do teto do carro. Pode até ser que fariam algo estável, durável, mas não cumpriria às nossas necessidades. Além disso, me entregariam o bagageiro sem acabamento. Eu que teria que levar para pintura. E o preço também não valia a pena.

Na Casa dos Bagageiros, por outro lado, foram atenciosos, entenderam minhas necessidades, analisaram o projeto sob o ponto de vista de sua experiência no assunto e, no fim das contas, fizeram todo o possível para o cumprimento do projeto e a satisfação do cliente. A cada ponto crítico, entravam em contato, para propor mudança, fazer sugestão, ou o que fosse necessário. Eles só trabalhavam com a tela Otis, mas eu não gostei. Tinha pesquisado outro tipo de grade que ficaria mais bonito, então fui atrás de um fornecedor e indiquei à loja, que aceitou, entrou em contato com a indústria (Macrotelas, de Sapucaia) e fez todos os procedimentos para a compra do material escolhido por mim (uma chapa expandida de aço com centros dos furos a cada 20x50 mm).

Após a chegada da tela, fizeram toda a soldagem dos tubos de aço com a tela e mandaram para uma outra empresa fazer a zincagem (para evitar ferrugem) e depois para outra para a pintura (preto fosco). E ficou assim:

A parte da frente do bagageiro é a que está em baixo. No fim, acabou sendo possível colocar grade em todo ele, o que foi bom, pois ficou mais bonito dessa forma. Todos os tubos tiveram o mesmo diâmetro. Eles acrescentaram (com a minha anuência, quatro esperas na parte da frente para fixação da iluminação (pretendo colocar quatro faróis de milha LED futuramente) e alguns pinos para amarração (onde amarrarei a barraca ou outra coisa que queira carregar).


Conseguiram passar a tela por cima das longarinas, e mesmo assim conseguiram deixar o bagageiro a alguns milímetros do teto traseiro do carro.

Gostamos muito. Ficou discreto, bonito, resistente, e, o mais importante, passamos pelo portão, como se vê na primeira foto da postagem. Já até me deitei em cima, para ver se ele afunda muito. Percebi que ele trabalha um pouco e acaba tocando na lataria do teto. Porém, o teto é flexível, não amassa por isso. Mesmo assim, pretendo colocar uma borracha mais grossa em baixo de cada apoio do bagageiro para elevar uns 5mm a altura (até já comprei, só falta recortar e colocar). Caso não resolva completamente, também posso colar uma fita emborrachada por baixo do bagageiro nos pontos onde ocorre o toque, para evitar que arranhe a pintura com os anos.


Assim ficou o espaço entre o bagageiro e o portão da garagem. Menos de um dedo! (risos)


Ao mesmo tempo em que faziam o bagageiro, eu corri atrás de comprar uma escadinha para a porta traseira do carro e um piso emborrachado para ficar entre o bagageiro e a barraca. Anteriormente eu tinha comprado a barraca, como disse, e, junto da barraca, também comprei um colchão de ar que coubesse na barraca. Então, tudo pronto!

Foto promocional de peças encaixáveis de piso emborrachado em EVA.
Comprei pelo Mercado Livre um kit com 8 tapetes em EVA encaixáveis de 1cm de espessura (tipo tatame) com bordas, mas todos na cor preto. A ideia é levar dentro do porta-malas e, quando for montar a estrutura, monto o tapete sobre o bagageiro, para colocar a barraca em cima. Assim, ao pisar dentro da barraca, não atritamos, com os pés, o metal do bagageiro com a lona, evitando danos à barraca. Além disso, deixa mais confortável o piso, melhora o conforto térmico (pois o EVA é um bom isolante) e, ao se virar no colchão, por exemplo, o peso do corpo não pressiona o cotovelo na grade do bagageiro, mas sim no piso emborrachado. Ou seja, pressões pontuais são melhores distribuídas, evitando desconforto em si (dor, até), e prejuízo à grade do bagageiro.


Foto promocional do colchão de ar que compramos, um Quechua Air Confort 120.
Além do tamanho (que cabe na nossa barraca), gostamos desse colchão porque enche rápido e tem câmaras de ar mais confortáveis que nosso antigo. Essas câmaras são como linhas horizontais. O colchão antigo tinha um formato estranho. Veja mais detalhes sobre ele no site oficial da Quechua. De lá, eles direcionam para o revendedor oficial aqui no Brasil, que é a Decathlon.

Enfim, não quis me alongar muito com explicações. Mas, caso alguém queira mais detalhes de algo, só comentar abaixo que eu acrescento, ou entro em contato para explicar melhor. Para quem está lendo nosso blog pela primeira vez, leia Quem somos, para nos conhecer melhor e, se quiser acompanhar nossas viagens, campings e passeios, siga-nos no Instagram pelo @decarropelaamerica ou no Facebook (página de mesmo nome). Inclusive, vamos divulgar no Instagram fotos da iglu montada sobre o bagageiro assim que possível. Só precisamos de uma viagem inaugural.

Abraço! Bons projetos e viagens a todos!
Leandro.



Veja como instalar a escadinha na postagem: Instalação da escadinha da Discovery 1 ou 2


Para ver uma lista completa das páginas e postagens deste blog, acesse:


Como aproveitar o melhor de Gramado e Canela sem gastar muito?


Já fomos muitas vezes para Gramado e Canela, pois moramos relativamente próximo, em Porto Alegre. Mas sabemos que tem muita gente que quase nunca vai, pois em geral tudo lá é caro, se você não souber aonde ir.

Land Rover Discovery 1 300tdi 1996, Malandra, do De carro pela América, descendo a Rua Torta, em Gramado RS
Já começo com uma dica das nossas preferidas: a "Rua Torta", em Gramado.


Mas essas duas cidades são lindas e oferecem inúmeras atrações. São tantas que sempre que vamos conhecemos algo diferente. Não é um daqueles lugares que você conhece tudo em alguns dias e não precisa mais voltar. Pelo contrário, você pode voltar muitas vezes e sempre descobre algo novo. A gente costuma ir no mínimo duas vezes por ano. Já conhecemos muito, todas as principais atrações, pelo menos. Então, quero escrever hoje sobre locais bons e não tão caros, segundo a nossa percepção. E você é nosso convidado! Postamos muitas fotos de nossa última viagem a Gramado e Canela em nosso Instagram, @decarropelaamerica. Venha com a gente! E fique à vontade para comentar e perguntar. Vamos lá?


1 – Onde dormir


Se você nos acompanha, sabe que nossa preferência é sempre o camping. Em Gramado tem o Gramado Camping, um lugar lindo, tipo um condomínio de motor homes, em que a opção mais barata é colocar barraca de chão, mas eles oferecem também uma opção muito interessante, umas cabaninhas que mais parecem aquelas casinhas de criança: só tem uma cama de casal e uma cômoda. Dormimos várias vezes nessas cabaninhas e é uma maravilha. Na verdade, fazemos uma coisa bem diferente, armamos um pequeno iglu em cima da cama. Assim podemos ficar livres de qualquer inseto, mosquito ou aranha. O chuveiro é a gás, bem quentinho. Não temos nada a reclamar, só vontade de voltar.

Típica paisagem do Gramado Camping: trailers ou motorhomes dentro de casinhas, e aquela mini-cabana, onde muitas vezes já dormimos.

Stephanie caminhando distraída pelo camping
Gramado Camping
Outra opção para camping é o Parque do Sesi, em Canela. É 30 por pessoa, mas industriário (e acompanhantes de mesma barraca) paga 20, se apresentar comprovante. É localizado em Canela, um pouco distante do centro, mas, para quem vai de carro, sem problema. A estrutura é tão boa quanto o Camping Gramado, mas tem mais área para colocar barraca de chão, e áreas mais apropriadas (gramado e uma boa estrutura próxima das barracas). Chuveiro quente e bom, mas elétrico. Já acampamos duas vezes e gostamos muito. O único problema mesmo é que a vizinhança, por incrível que pareça, é muito barulhenta. Se ouvem cachorros latindo muito, carros acelerando na rua ao lado. Nada tão grave, mas é bom avisar.

Nossa área de camping, com a nossa Malandra (Discovery 1 300tdi de 1996 verde) ao fundo, nossa barraca (Quechua Arpenaz 2 Fresh and Black) sobre a grama ao lado de uma mesa dobrável com coisas de camping.
Nosso local de camping no Parque do Sesi
Para quem não gosta  de acampar, mas quer pagar pouco e ainda assim ficar bem hospedado, outra opção é o Gramado Hostel. Já ficamos lá uma vez e a estrutura é muito boa. Fomos com a família e pegamos um quarto só para nós, com banheiro privativo. Ou seja, não precisa ficar em quarto compartilhado.

Também já ficamos em outras pousadas bem agradáveis. Há cinco anos, mais ou menos, ficamos na Hospedagem Vida e Natureza com os cachorros e tudo, e gostamos. Mas existem muitas outras opções semelhantes, e o que agrada um, pode não agradar outro. Nesse caso, então, o melhor é pesquisar pela internet e buscar algo que seja do seu agrado e bolso.

Já fiquei em pousadas em locais mais afastados por preços bem pequenos, mas a qualidade não era boa, ou era longe de tudo, por isso não indico. Aqui só indico mesmo o que fui e gostei.


2 – Onde comer


As duas cidades costumam ser bem caras para comida nos locais mais turísticos (centro da cidade, por exemplo). Há ótimas opções culinárias. São típicas as galeterias, as sopas, os fondues e os cafés coloniais. Em todas essas opções, se quiser comer bem, vai gastar pelo menos 30 por pessoa. Vale a pena? Olha, eu sempre digo que, para mim, comer bem é uma das principais partes do passeio.

Mas você não precisa comer em locais famosos em todas as refeições e em todos os dias. Eleja o indispensável, na sua preferência. Por exemplo, eu não sou muito de café colonial, porque é muito doce. Como vou várias vezes, da última vez, pelo Dia dos Namorados, fomos comer fondue. Pesquisamos bastante um local que fosse bem recomendado na internet e que não tivesse um preço exorbitante. Compramos por uma promoção no Groupon e gastamos pouco mais de cem reais (no total) na sequência de fondue do “Chateau de la Fondue”. E foi o melhor fondue que já comemos.

Dentro da panelinha, foundue de queijo, bem derretido e quentinho. Ao redor, cubos de goiabada, batatinhas, cenoura e brócolis cozidos e pão dormido. Essa era só a primeira etapa.

A segunda parte é assim: uma bandeja com carnes cruas que você escolhe e coloca sobre a pedra. Ao redor, diversos tipos de temperos, molhos, coberturas. A última etapa, depois dessa, é o fondue tradicional, com frutas da estação e uma panelinha com o chocolate da Prawer. Uma delícia, mas vou evitar a foto. Vá lá e veja com seus próprios olhos. 😉

E as outras refeições? Para almoço, fuja do centro da cidade, onde você pagaria mais de 30 por pessoa. O famoso Eskillo Lanches parece bom, mas não é, e sai quase 20 reais o xis salada. Demoraram uma eternidade para trazer. Mas sabe onde tem restaurantes muito bons e baratos? Na estrada, saindo de Canela, em direção a Gramado. Preste atenção que você verá muitas placas oferecendo buffet livre (alguns até com churrasco), entre 15 e 18 reais por pessoa. Um ou outro são mais ou menos, mas tem uns muito bons. É bom parar, dar uma olhada se gosta, e qualquer coisa seguir para o próximo. Estando de carro, salva o dia. Se está sem carro, ou precisa comer na cidade, pode procurar nas ruas paralelas à principal de Gramado. Mas a melhor opção mesmo, disparado, é o Armazém da Lolô, que fica bem atrás da Igreja, descendo a escada após a Fonte do Amor Eterno, e virando à direita. O local é bonito, bem localizado e tem opções de pratos a la carte bem gostosos por menos de 20 reais. Sempre que vamos a Gramado comemos lá pelo menos uma vez.

Armazém da Lolô
Para o café da manhã, não tem muito o que dizer. No camping, fazemos nós mesmos alguma coisa rápida. Quando ficamos hospedados, sempre preferimos hotel ou hostel que ofereça café da manhã, pois assim não perdemos a manhã toda atrás de comida.

Para a janta, em geral os mesmos restaurantes que se comeria no almoço, mas preferimos comer melhor no almoço e deixar a janta para algo leve, como sopa, ou algum lanche. O próprio Armazém da Lolô fica aberto de noite.

Falando em sopa, experimente a sopa (ou creme) no pão. Comemos uma boa, a la carte, em Gramado, no restaurante Petit Brasil (rua Sen. Salgado Filho, quase ao lado da loja Mãos do Mundo). Achamos o preço justo e a sopa bem boa. Ela é servida dentro de um pão bem grande.

A foto mostra um pão bem grande, com um furo no meio, completo com creme de ervilha. A Stephanie está cravando o garfo no pão para começar a comer. Foto tirada no restaurante Petit Brasil, em Gramado RS.



3 – Onde comprar chocolate


Ir a gramado e não comprar chocolate é como ir a Roma e não tirar foto com o Coliseu: impossível. E não posso recomendar um chocolate barato, pois os mais baratos em geral são ruins, daqueles hidrolisados, cheios de manteiga de cacau. Não economize dessa forma! Melhor então economizar comprando menos chocolate, mas um muito bom, a comprar um monte dos baratos. Quer chocolate barato, compra na sua cidade mesmo, no supermercado, sempre tem. O bom de Gramado é justamente o BOM chocolate.

Tirei a foto em uma vitrine de uma chocolateria de Gramado. Achei muito bonito. São barras de chocolate (uns brancos e outros ao leite), recheadas com passas e castanhas diversas.

Então, só o que eu posso te dizer é indicar as nossas preferências. Pode ser que você não concorde, pois gosto é gosto, cada um tem o seu, né? Mas a nossa preferência é pelo da Lugano, por ter mais gosto de cacau do que outros. Preste atenção, normalmente os chocolates mais voltados para o público infantil são os mais açucarados. Por exemplo, o da Florybal. Eu achei muito doce, não gostei. Já o da Prawer e da Planalto são melhores, mas não melhores que o da Lugano (nossa opinião, ok?). Outra coisa boa na Lugano é o ambiente. Eles costumam ter cafeterias com bom atendimento e um local muito agradável. Experimente o chocolate quente deles também, é muito bom! Sempre tomamos.

Quase todas as lojas te dão provas de seus chocolates. Então, vale a pena experimentar todos para saber qual é do seu gosto, antes de sair comprando pela aparência ou pelo preço. E, novamente, jamais caia naquela tentação de mão-de-vaca do “Olha, esse aqui é mais barato, pois é de uma loja não famosa”. Sei não. Já caí nessa e me arrependi. Achei que chocolate de Gramado era sempre bom, mas não é mesmo. Tem uns péssimos. Pelo menos prova bem antes. E outra dica é o seguinte: as barrinhas são sempre mais baratas do que os “fru-fru” em forma de coelho, de coração etc. Se for pra presente, ok, mas, se é só para comer, compra barrinha mesmo.


4 – Onde comprar outras coisas


Gramado e Canela têm muitas lojas. Não somos de comprar muito, pois achamos mais importante ver, viver e comer, tipo isso. Tentamos levar uma vida mais minimalista. Não compramos por comprar. Mas uma indicação boa é conhecer as encantadoras lojas da Mãos do Mundo. É uma loja de artigos asiáticos, como estátuas de Buda, de dragões, incensos, perfumes de ambiente, bijuterias, coisas simbólicas etc. Tem uma loja em Gramado e outras duas em Canela, sendo uma destas predominantemente de móveis. Inclusive, compramos uma mesa muito bonita lá por um preço muito bom. Já compramos muitos incensos também, copos e outras coisas. As lojas encantam e sempre que vamos à região queremos fazer uma visita.

Nossa selfie em frente à fachada da loja Mãos do Mundo



Mas você também vai encontrar muitas outras lojas bonitas e que vendem coisas que não são comum no Brasil, como a loja de relógios Kukos. Você poderia encontrar uma loja de cucos como essa lá na Alemanha, ou aqui em Gramado (bom, também fizeram uma em Nova Petrópolis, cidade próxima a Gramado). Gosto de ver essas lojas exóticas, mas o preço normalmente é salgado. Se eu quisesse muito comprar um cuco, até compraria, mas não acho que preciso, então só olho. Essa é a ideia.

Foto que tirei dentro da loja Kucos, de uma parede cheia de relógios cucos.



5 – O que fazer


Se você tiver dinheiro, o que não falta é opção. Mas, se você vem por poucos dias ou não pode gastar muito, TAMBÉM tem muita opção 😋. Diria que o principal de Gramado e Canela está ao ar livre: as igrejas, as ruas principais com suas lojas, a Fonte do Amor Eterno, o mirante, está tudo ali, na sua frente! Além disso, há opções que você paga uma entrada pequena, e também há aquelas bem caras, que você tem que pensar bem antes de comprar. Então, vou deixar algumas dicas do que fazer, sendo pago ou não, de preferência locais novos ou não tão conhecidos, mas que nos encanaram de alguma forma especial (não estão em ordem de preferência, ok?).

Fonte com um pequeno chafariz, cercada por uma grade baixa, onde os turistas apaixonados costumam encher de cadeados com etiquetas coloridas, onde constam seus nomes, ou mensagens de amor. Ao fundo à direita, a igreja de pedra, de Gramado.
Gramado está sempre se superando e trazendo novidades. Essa é de pouco tempo, a Fonte do Amor Eterno. É encantadora!

Vista frontal do local.
O Casamento dos Sonhos é um local novo na cidade, onde fazem casamentos temáticos como em Las Vegas. Pode ser do Elvis, do Herry Potter, do Star Wars, ou outros. Tem dois ambientes para a celebração, além de uma lojinha com lembranças e, lá fora, uma carruagem tipo da Cinderela. O local todo é bonito de conhecer e tirar fotos românticas. Clique aqui  para saber mais.

Foto tirada de baixo de uma Sequóia, árvore exótica, do norte da América do Norte
Uma árvore? Não, esta não é uma simples árvore: trata-se de uma Cequóia, uma espécie de conífera nativa da América do Norte. Sabe aquelas árvores enormes que você vê só em filmes? Então, em Canela existe um parque cheio delas, o Parque das Cequóias. Visitamos em 2015. É bonito de ver. Naquela época você apenas passeava por trilhas dentro do bosque, mas agora (li no site) eles também fazem visitas guiadas com piquenique de baixo das árvores.

Esta é parte da escadaria que desce até o pé da Cascata do Caracol, em Canela, em 2015 também. Começamos a descer cheios de casacos e chegamos lá embaixo só de camiseta 😂😂😂😂😂. Ou seja, um belo exercício! Pelo caminho, vimos até um guaxinim, tiramos muitas fotos, e o melhor: entramos em contato com a natureza! Chegamos bem pertinho, aos pés da cascata, dava até para se molhar com os respingos. Então, a dica é o seguinte: não vá de bondinho, vá de escada mesmo, é muito melhor! (Só vá de bondinho se você tiver alguma restrição física...) Bom, em 2018 voltamos e fomos de bondinho porque nunca tínhamos ido. Também é bonito. Mas, se você vai precisar escolher, vá de escada. (Veja se ela já reabriu, pois sei que passou uns dois anos fechada para reforma).

Eu e Stephanie nos beijando abaixo de uma das luminárias do trajeto que circunda o famoso Lago Negro, em Gramado.
Preferi não colocar foto do Lago Negro em si, pois em qualquer pesquisa básica sobre Gramado você verá uma foto dele. Preferi, então, destacar um detalhe secundário desse ponto, mas importantíssimo: a caminhada ao redor do lago. Na verdade, talvez não seja a trilha que enfeite o lago, mas o lago que enfeite a trilha, entende? O passeio ao Lago Negro não seria tão bom se não fosse essa trilha, por isso todo mundo que visita quer dar a volta no lago. E se você é idoso ou simplesmente não pode caminhar, tem uns carrinhos de golfe que levam. E o que dizer dessas luminárias? Muito românticas! Mereceram até uma cena de beijo, hehe.

Parte da frente do carro coberta com uma crosta de gelo da geada.
Para terminar: não tem como explicar a sensação que sentimos ao acordar cedo no Gramado Camping, chegando a -2° de temperatura durante a madrugada, e ver nosso carro assim (veja a publicação no meu Instagram). É difícil ver neve em Gramado e Canela (nunca tive essa sorte), mas a geada daquele dia foi forte, e o frio... "DE RENGUEAR CUSCO", como dizemos por aqui. O frio talvez seja o principal ponto turístico das cidades, é ele quem dá o toque especial. Então, venha no frio, mas venha bem agasalhado!

Bom, gente, espero que tenham gostado. Ninguém conhece tudo, mas temos bastante experiência com essas duas cidades, por já ter ido muitas vezes. Então, acredito que, pelo menos para aqueles que nunca ou pouco foram, isso possa ser de boa ajuda. Se quiserem vir a Gramado e tiverem alguma dúvida, podem deixar alguma pergunta aqui abaixo, nos comentários, pois terei o prazer em responder. Se gostou e quer ser informado de novas postagens, inscreva seu e-mail neste blog, siga-nos pelo Facebook ou pelo Instagram. Um abraço e boa viagem!!


Para ver uma lista completa das páginas e postagens deste blog, acesse:

Mais lidas do blog