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Minimalismo: viver com menos para viver melhor

Você já ouviu falar em Minimalismo? Tem ideia do que seja?


Minimalismo é um estilo de vida no qual se vive com pouco para poder aproveitar mais. Já vou explicar melhor. Mas, antes, quero te falar sobre felicidade, pois no fundo a felicidade é a base de tudo.

Para quem não sabe ainda, sou psicólogo e me interesso pelo estudo da felicidade. Cheguei a fazer um trabalho de conclusão de curso sobre esse tema, resgatando o conceito lá da Filosofia. Caso você queira ler esse trabalho, clique aqui. Você será direcionado para meu blog Psicologia da Felicidade, onde costumo escrever sobre tudo isso.

Resumindo: todos, no fundo, em tudo que fazem, estão buscando a felicidade. O problema é que não há uma fórmula mágica, então vamos tentando, aprendendo, errando umas vezes, acertando outras. Às vezes nos prendemos a caminhos errados, às vezes podemos corrigir o prumo, às vezes não. Por isso devemos refletir na vida, pensar: o que nos faz feliz? Como levar uma vida mais feliz?

Na lógica consumista em que vivemos, precisamos estudar para conseguir ter um bom emprego, para poder ganhar um bom salário, para poder comprar coisas e ter o máximo de luxo possível: casa grande, carros do ano, roupas da moda, objetos de última geração.

Mulher comprando roupas
(Foto de Matthew Henry, do Burst)

O grande problema é que o que julgamos ser necessário sempre acompanha o valor que temos disponível para gastar, não é mesmo? Isso nunca tem fim. A gente está sempre querendo mais e mais. Tem até um filme na Netflix bem ilustrativo, que vimos esses dias. Chama-se "Os Delírios de Consumo de Becky Bloom". Se você não viu, assista. É bem engraçado, e muita gente por aí se identifica. :P

Mas não defendo nenhuma posição radical. O luxo é bom, não queremos voltar à era da pedra. O sábio é sempre encontrar um meio termo, como diriam muitos filósofos. Minimalismo não é se desfazer de tudo e viver na rua, perambulando, "livre". Isso não é ser livre. Se você não tem a liberdade de conhecer outros lugares do mundo, você não é livre. Se você não pode escolher o que comer, porque não tem dinheiro, sempre comendo o mais barato, para não gastar, você não é livre. E é aí que entra o dinheiro na história!

moedas e dinheiro
(Foto: Shopify Partners, do Burst)

Dinheiro trás felicidade? Bom, o que é o dinheiro? É um pedaço de papel impresso com desenho de um rosto? É um disco de metal? Não é só isso. Se formos a fundo, o dinheiro é apenas um intermediário genérico para qualquer coisa comprável. E isso poderia ser muita coisa. Antes do dinheiro, trocavam-se coisas ou serviços por outras coisas ou serviços, diretamente. Agora tem o dinheiro no meio. Então, a questão toda não é o dinheiro em si, mas o que você faz com ele. Por isso, dependendo de como você o gasta, ele pode te trazer felicidade, ou até a desgraça da tua vida (sendo bem dramático agora, hehe).

Enfim, o segredo no fundo é você administrar bem a sua vida, inclusive (ou principalmente) o dinheiro. Se você observar as pessoas ao redor, talvez perceba que aquele vizinho, que acabou de comprar um carrão do ano e está sempre com ternos caros, indo a restaurantes caros, talvez esteja gastando todo o dinheiro nesses luxos, e não tenha sobrado nada para viagens. Na verdade, tem gente que sempre viaja para o mesmo lugar, já percebeu? Tem gente que resolve ter um filho, depois quer ter outro só pra fazer "casal", e quando tem dois do mesmo gênero, resolve ter mais um. Então o gasto é alto, eles passam a vida se matando no trabalho para sustentar suas escolhas, e no fim não aproveitam a vida. Por outro lado, tem gente que ganha bem menos, mas se diverte mais, viaja mais, tem tempo para os amigos, tempo um para o outro.

Você aproveita a vida como gostaria? Está satisfeito com o estilo de vida que leva? Você consegue ter tempo para fazer o que realmente gosta? Ou está se sentindo preso pelas escolhas que fez, escolhas essas que na verdade foram feitas porque "todo mundo fez também", ou seja, por influência da sociedade, dos pais, dos amigos, e não por sua própria e melhor vontade?

A vida é feita de escolhas. E a gente não pode escolher tudo que gosta. Mas a gente pode sim escolher o que é mais importante.

Será que é realmente necessário trocar sua TV de tela plana grande por uma maior ainda, UHD, gastar mais dois mil? Bom, depende. Se assistir televisão é uma peça central na sua vida, pode valer a pena. Para mim e minha esposa, não. Achamos que nossa TV já dá pro gasto, para assistir nossas séries e filmes de vez em quando. Pegamos os dois mil então e investimos em viagens, pois, para nós, viajar é uma peça central para a felicidade. Repito: para nós, ok? Cada um fará suas escolhas. O importante é não se deixar levar por modismos, necessidades impostas pelo consumismo desenfreado, pela cabeça dos outros etc.

Se você é novo por aqui, não nos conhece, clique aqui, para sermos apresentados melhor.

Essa filosofia é um dos motivos pelos quais decidimos comprar nossa Discovery 1996 (e botar a venda nosso Fiesta). Muitas pessoas pensariam "Nossa! Comprou um carro velho!" É gente que não sabe dar valor à funcionalidade das coisas. Na cabeça dos consumistas, o bom é o novo, o carro zero. Só que o carro zero é muito mais caro, desvaloriza muito rapidamente ao longo dos anos, tem manutenção alta, as peças de reposição são caras, o imposto é caro (o meu nem paga imposto!). Leia a postagem Qual carro comprar para viagens longas, deste blog, para ver todas as vantagens desse meu veículo velho antigo.

Minimalismo
Essa é a nossa Malandra, estilo retrô, clássica, fantástica! 😀 (O preto e branco aqui é para dar aquele ar de antiguidade, hehe)

E é com essa imagem MARAVILHOSA da nossa Malandra (palavras de um apaixonado mesmo, hehe) que me despeço de vocês agora, desejando que reflitam sobre suas vidas, se estão de fato direcionando seus esforços para o que de fato interessa para a sua felicidade, se não há coisas demais, coisas que poderiam ser vendidas, reinvestidas (tempo, dinheiro...). Que encontrem um meio termo, em que possam lutar por dinheiro (trabalhar) sim, mas que sobre tempo para aproveitar o lado bom da vida. Pensem bem: com pouco, pode-se muito mais do que se pensa!

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Leandro e Stephanie
Leandro e Stephanie

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